sexta-feira, 27 de julho de 2007

Som e Furia

Michael Bay(quem diria) surpreeende com Transformers;

O saudosismo imperou na sessão de Transformers, o novo filme de Michael Bay. Assisti na primeira sessão da tarde de uma segunda feira chuvosa e 90 % das pessoas que estavam presentes na sala tinham mais de 25 anos. Foram em busca de diversão e de matar as saudades de personagens que habitaram sua infancia. E conseguiram isso em doses cavalares. Transformers é sem duvida o melhor "pipoca" do ano, e talvez o filme mais barulhento ja tive a alegria de assistir. O roteiro é simples, e talvez aí more a sua principal virtude. Quem vai ver um filme sobre robos intergalaticos se engalfinhando em plena Los Angeles, realmente não busca algo muito complexo. Diferentemente de Quarteto e o Surfista, que é bobo e não diz a que veio, Transformers encanta pela sua honestidade. Quem tem alguma intimidade com os personagens se diverte o dobro, mas não é essencial saber muita informação. Bay teve um pulso que ninguem esperava, dosando as suas famosas cenas de ação com alivios comicos muito bem realizados. Shia LaBeouf é extremamente carismatico, seu personagem Sam Withwick é o tipico adolescente americano em busca de seu primeiro carro(o primeiro simbolo de status de um jovem nos EUA) . É interessante a sacada do filme colocando pequenas homenagens aos fãs antigos(como o fusca que era o Bumblebee original na loja de carros usados no filme trocado por um Camaro, e trazendo o dublador do Optimus Prime no desenho para fazer a voz do personagem no filme). A grande batalha entre Autobots e Decepticons é de uma loucura visual estupenda. É impossivel não se render ao apuro que Bay investiu nas cenas de ação, elas são vertiginosas, usando o clichê maximo para descrever: são de perder o folego. As partes direcionadas para a comédia são engraçadissimas, principalmente os pais de Sam, Turturro como o agente caxias e escroto e Anthony Anderson como o nerd que mora com a avó(ja virou uma instituição do cinema todos os filmes terem um nerd gritalhão). Os robôs tambem mantem a veia comica com piadinhas mais simples, mas que são bem pensadas(excluindo é claro a cena em que Bumblebee "urina").
Os Autobots com personalidades bem definidas e a austeridade de Optimus Prime são o contraponto exato de seus inimigos que sentem total desprezo pela raça humana(Megatron o nêmesis mor em certa cena chega a dar um "peteleco" em uma pessoa).
Sai da sessão de Transformers imensamente satisfeito. Duas horas e meia de pura diversão descompromissada que me levaram de volta aos meus 8 anos. E isso não é qualquer filme que proporciona.Nunca imaginei que falaria tão bem de um filme de Michael Bay. E que venham as sequencias ja prometidas.
Nota : 9

Saudades do meu Bumblebee...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Um é pouco, dois é bom...

No "ano do três", a critica erra feio.

Em um ano recheado de filmes-evento, 4 franquias milhonarias fecharam suas trilogias, para o bem ou para o mal, todas elas estão indo muito bem em bilheteria, inclusive quebrando alguns recordes. Mas a principal semelhança entre três desses filmes, é a critica ferrenha, que achou todos abaixo do esperado, quando não tachados de ruins. Homem-Aranha III, Piratas do Caribe - No fim do Mundo & Shrek Terceiro foram massacrados pela critica especializada. É interessante frisar que todos eles tiveram grande sucesso de publico. Mas afinal, os criticos estavam certos? O que tornaria esses filmes tão ruins, ou pelo menos abaixo das espectativas? Existem respostas?
Sim.
Desde 2005, todos os filmes baseados em quadrinhos posteriores a Batman Begins, foram massacrados nas criticas. É bastante claro que existe uma saturação do genero. X-men o filme, de 2000, provou que adaptações ainda atraiam atenção, mesmo depois do desastre chamado Batman & Robin de 1997. Depois dos mutantes tirarem essa desconfiança, uma enxurrada de filmes baseados em quadrinhos invadiu os cinemas. Tivemos verdadeiras pérolas, filmes que são de uma qualidade inegavel como X-men II, Homem Aranha 2 e o ja citado Batman Begins, mas ao mesmo tempo tivemos filmes que merecem definhar nas locadoras como Elektra e Mulher Gato. Fora esse desgaste, temos um caso interessante: o alto nivel de algumas dessas adaptações deixou todos com uma expectativa enorme. Todos esperam filmes com a qualidade superior ao anterior. Isso se tornou tonica dominante, e qualquer coisa se tornou defeito irremediavel. Vamos por partes:
Homem Aranha 3: muita bobagem foi falada, que o excesso de personagens prejudicou, que o roteiro era confuso... Até o cabelo de Peter Parker e uma cena em que a bandeira americana apareceu foi motivo pra reclamações. Discordo. Sou fã de quadrinhos ha mais de 20 anos e não vi essas justificativas como defeitos. Ficou escancarada a falta de vontade da critica e dos fãs xiitas( que só reclamam). O filme não é perfeito, mas classifica-lo como bomba foi irresponsavel. A saga do Aranha foi encerrada de maneira muito competente, e o quarto ja foi anunciado.
Shrek Terceiro: falaram muito em ser ruim, que não era nem comparavel aos outros dois. Errado. Ele é o mais engraçado da trilogia e tem a melhor trilha sonora. Seu unico defeito talvez seja rebaixar o Burro a escada das piadas, mas não compromete o produto final. A quarta parte tambem ja foi anunciada.
Piratas do Caribe - No fim do mundo: A saga de Jack Sparrow foi muito criticada ja na parte dois - o Bau da Morte - por ser muito voltada para a comédia. Na parte 3 falaram do ritmo, das cenas arrastadas, do personagem principal aparecer de menos... Sinto muito mas acho que não assistiram o mesmo filme que eu. O fim da sagas dos piratas foi muito bem feito e com doses de humor na medida certa e grandes cenas de ação(como a batalha no rodamoinho).Uma outra saga teve sua trilogia encerrada: 13 homens e um novo Segredo, que teve criticas contidas, mesmo sendo o melhor da série.
Como as sequencias das franquias de quadrinhos irão continuar por muito tempo ainda( temos filmes de quadrinhos programados até 2010), fica a duvida: os criticos estão mesmo cobertos de razão ou apenas equivocados(ou estranhamente unidos).
Mas isso é outra historia, que terá continuação, e até uma terceira parte. Ou não.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Os 50 personagens favoritos da cultura pop

Breve farei um perfil de cada um desses personagens, todos pertencem aos meus favoritos de todos os tempos;

A lista(aleatoria):

Dom Corleone (O Poderoso Chefão)Alex Delarge (Laranja Mecanica)Jack Torrance (O Iluminado)Frank Costello & Dignam (Os Infiltrados)Jack Sparrow (Piratas do Caribe)Vincent (Collateral)Forrest (Forrest Gump)Ferris (Curtindo a Vida Adoidado)Tyler Durden (Clube da Luta)Peter Parker(Homem Aranha)Mercenario(Demolidor)Les Anderson(Sem Licença para Dirigir)Willian Wallace(Coração Valente)Sindrome(Os Incriveis)R2 D2 (Star Wars)Legolas(Senhor dos Aneis)Andy(Mundo de Andy)Mozart(Amadeus)Trip(Detroit Rock City)Superman(idem)Axel Foley(Um Tira da Pesada)Steve Buscemi(Con Air)Dwey Finn(Escola de Rock)Royal Tenembaum(Excentricos Tenembauns)Max Cady(Cabo do Medo)Bolão(Goonies)Teddy Duchamps(Conta Comigo)Wolverine(X-men)Vicent Vega(Pulp Fiction)Jimmy (Bons Companheiros)Chines do Intercambio(Gatinhas e Gatões)Buzz Lightyear(Toy Story)homer Simpson(Simpsons)Biff Tanen(De Volta para o Futuro)Hide(That's 70s Show)Bob Oblong(Oblongs)Ryan O'Reily(OZ)Kramer(Seinfeld)Mudo(60 Segundos)Frank Abnegalle(Prenda-me se for capaz)John Shaft(Shaft)Frank Dreblin(Corra que a Policia vem ai)Agente Smith(Matrix)Elvira(Elvira Rainha das Trevas)Sawyer(Lost)Mahoney(Loucademia de Policia)Bill(Kill bill)Sr Miaggi(Karate Kid)Charles Bronson(Desejo de Matar)Clubber Lang(Rocky III)Sr Uruca(Entrando numa Fria)Mr Glass(Corpo Fechado)Mushu(Mulan)Joe Clark(Meu Mestre Minha Vida)Sargento(Nascido para Matar) Borat(Borat);

Haverá continuação;

Longe de Tudo

IRA! estréia com o inspirado Mudança de Comportamento

Em 1985 tivemos a grande abertura do Brasil para a rota dos mega-shows e o mercado fonografico foi invadido por grandes lançamentos de bandas nacionais: Titãs com Televisão, Legião Urbana com album homonimo, Ultraje a Rigor com Nós Vamos invadir sua Praia e Engenheiros do Havai com Longe demais das capitais. Dessa nova leva um album fora lançado no mesmo ano, mas só foi reconhecido como grande disco anos depois: a banda paulistana IRA! com o disco Mudança de Comportamento. Com os integrantes Nasi(vocais), Edgard Scandurra(guitarra), Gaspa(Baixo) e André Young(bateria), o IRA! ja era velho conhecido da cena underground paulista, tendo tocado em diversos points que se tornariam cult. O lançamento do primeiro disco por uma grande gravadora( ja havia lançado um compacto independente de repercussão mediana) deu uma boa base a banda.Mudança de comportamento fora lançado dia 20 de maio de 1985, pela WEA e alcançou boa vendagem e teve dois singles bem executados.

Faixa a faixa:
1- Longe de Tudo: pòs punk basico com letra rebelde;
2- Nucleo Base: hino anti exercito, antiga composição de Edgard Scandurra;
3- Mudança de Comportamento: tipica canção introspectiva adolescente, uma das mais pedidas do ano.
4- Tolices: balada, a mais bela canção de amor dos anos 80;
5- Coração: Musica acelerada, quase um ska;
6- Saída: uma ode a liberdade adolescente;
7- Ninguem precisa de Guerra: rock basico com vocal duplo;
8- Por Trás de um sorriso: composição conjunta de todos os membros da banda, levadas meio Smiths;
9- Como os ponteiros de um Relógio: pós punk com letra claustrofobica, dark.
10- Sonhar com o Que? : letra remete a desilusão da classe trabalhadora e sua rotina;
11- Ninguem entende um Mod!: critica a perseguição aos costumes;

Com o lançamento desse disco o Ira! se firmou como grande banda, ainda que sem o reconhecimento da midia.Com a boa vendagem do album, o IRA! gravou Vivendo e Não Aprendendo, que estourou graças a adição da musica Flores em Você na abertura da novela O Outro da Rede Globo.

Discoteca basica;

sábado, 7 de julho de 2007

Estrelas, listras e sangue.

Capitão América "morre" e coloca a midia em polvorosa;

Mortes nos quadrinhos não são novidade, e poucas vezes elas se tornam historias dignas para os personagens. Ha casos de enganação explicita(como as "mortes" de Xavier, Flash & Superman), e casos de retornos que valeram a pena, como foi com o Colossus dos X-men. Na nova investida na area a Marvel "matou" um de seus personagens mais emblematicos : o Capitão America. Depois da mega saga Guerra Civil, onde o Sentinela da Liberdade foi um dos principais envolvidos e teve o papel de lider da "rebelião", a Casa das Ideias divulgou que o Capitão seria morto em um epilogo da mega saga(Captain America#25- Civil War Epilogue) .Interessante foi o grande circo que a midia armou, desde a famosa morte do Superman, não se via tantos veiculos de imprensa noticiando quadrinhos. Alguns noticiarios deram a noticia com uma pompa que nunca foi vista direcionada a um personagem de ficção, como foi o caso do Jornal Hoje e Jornal da Globo, ambos da rede Globo. A historia que narra sua morte, foi publicada em março passado e teve tiragem esgotada em tempo recorde. Na historia o Capitão é atingido por uma bala nas escadarias do forum, e segundo boatos este seria um plano do Caveira Vermelha(um vilão classico que morreu e ressucitou diversas vezes). Achei uma boa jogada de marketing, eu como sou da velha guarda e estou calejado com essas artimanhas editoriais, se bem que na direção do Joe Quesada, atual editor chefe da Marvel Comics, varios personagens morreram e não voltaram. A ausencia ja esta sendo suprida, outros personagens( o Homem de Ferro entre eles) ja se candidataram a pegar pra si o titulo de novo sentinela da liberdade. A Marvel ja tem programada uma saga nova que pode descartar todas as resoluções de Guerra Civil e a propria morte do personagem. Se isso acontecer será mais uma sacanagem com os leitores, mas pensando bem, leitores com um minimo de percepção saca que isso é passivel. Afinal não ligamos se morrerem ou ressucitarem, desde que nos entreguem roteiros que não agridam a nossa inteligencia. Essa historia deve chegar aqui apenas ano que vem. E assim como nas velhas hqs da Marvel, só nos resta o clichê de aguardar o próximo número.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Coletânea de Sucessos


Alta Fidelidade = Ouça o disco, leia o livro, veja o filme.

Alta Fidelidade é um fenômeno cultural. Escrito pelo papa da literatura contemporanea Nick Hornby, é de uma leveza e inteligencia impar. Narra as desventuras de Rob, um trintão nerd viciado em listas do tipo Top 5 e musica, que depois de levar um fora da namorada por ser acomodado, decide analizar todos os seus principais relacionamentos. O livro, um best seller em diversos paises, encanta por ser de leitura leve e descompromissada, mas ao mesmo tempo é genial e com uma historia sólida. Seus dias de puro marasmo nerd em sua loja de discos, a vontade de entender o porque é sempre rejeitado e seus comentarios sobre a vida demonstram um desanimo, parecendo ser irreversivel sair do cotidiano. Livro que ja nasceu classico, pela diversas referencias a cultura pop da musica e por todos termos na vida um periodo, por menor que seja, em que fazemos um balanço de tudo que ja aconteceu e procuramos respostas. Quando lemos tal obra, em diversas passagens a nossa própria vida parece estar sendo contada;
O filme baseado no livro, dirigido por Stephen Frears, consegue ser tão interessante e genial quanto a obra original. Rob Gordon é vivido por John Cusack, em possivelmente sua melhor atuação, consegue mostrar toda a paranóia e indecisão do personagem. Falando diretamente para a camera em boa parte do filme, mostra porque é um dos atores mais "cool" dos ultimos tempos. As diversas referencias pop do livro são atualizadas em diversas cenas( o livro se passa nos anos 80) e o local da historia tambem é mudado( originalmente é em Londres e no filme tudo acontece em Chicago). Outro grande ponto alto do filme são os coadjuvantes. Jack Black é um de seus funcionarios na loja de disco tagarela, fanatico por hard rock e filmes b ele é o contraponto do personagem de Todd Lousio, um indie timido que não se impõe ao comportamento abusivo de seu colega. Tim Robbins faz um rival de Cusack, com aparencia grotesca e rende um dos momentos mais divertidos do filme. Catherine Zetta Jhones interpreta uma antiga namorada sofisticada de Rob, em aparição rapida. As famosas listas top 5 do protagonista e seu comportamento esnobe em relação a cultura- "Vocês são elitistas, desdenham de quem tem menos conhecimento que vocês..."- torna o personagem ao mesmo tempo arrogante e simpatico. Com uma trilha sonora muito boa( em sua maioria composta por bandas alternativas e grandes nomes do rock & pop -Bruce Springsteen, Bob Dylan, Lou Reed, Velvet Underground, Queen, Elvis Costello, Steve Wonder, Marvin Gaye, Aretha Franklin, Freddie Mercury, Burt Bacharach ) e um roteiro agil e inteligente, Alta Fidelidade é filme pra se ter na coleção, de preferencia perto dos discos de vinil, ja que tem tudo a ver. O que veio antes? A musica ou a triteza? Assista e descubra.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Ritual de Passagem

O fim da infância e a inocência perdida em Conta Comigo

Lançado em 1986, é baseado em um conto de Stephen King entitulado the Body, é talvez sua obra mais pessoal ja que usa fatos que realmente aconteceram a ele na historia. O filme se passa no verão de 59 , quando 4 amigos ao saberem da localização aproximada do corpo de um garoto que desapareceu, sonham em ser herois e famosos com a descoberta. O filme é narrado por Gordie( ja na velhice, interpretado por Richard Dreyfuss, relembrando o fato depois de saber por um jornal que um de seus amigos da aventura havia morrido) e tem um sentimento melancolico de saudades da amizade que possuia quando era criança. Ao lado de Chris (seu melhor amigo e espécie de lider do grupo), Teddy (o "biruta" da turma, obcecado por forças armadas e vitima de abusos do pai) & Vernie o gordinho medroso e bonachão, eles empreendem a busca, desvincilhando das amarras que os pais os prendem. É fascinante ver a diferença entre as duplas de garotos, enquanto Chris e Gordie se preocupam com o futuro e tem uma atitude mais madura, Vernie e Teddy só pensam em futilidades e discutem por causa delas. É interessante o grau de tragedia que paira sobre eles. Gordon é vitima do desprezo de seus pais, ainda chocados pela morte de seu filho mais velho em um acidente de carro(algo que realmente aconteceu com o autor Stephen King, que perdeu seu irmão mais velho em acidente parecido quando tinha 12 anos), Teddy sofre nas mãos de um pai violento e Chris sem nenhuma perspectiva de futuro apenas aconselha seus amigos. Com referencias classicas a um ritual de passagem, a aventura dos garotos demosntra o ultimo traço da inocencia a ser perdida, ha um sentimento de tristeza e introspecção, aquela velha sensação de que as coisas não serão mais as mesmas. É interessante ver Kiefer Sutherland, em inicio de carreira, como um dos valentões da cidade muito antes de figurar em horario nobre como o agente Jack Bauer de 24 horas. River Phoenix, que interpreta o Chris teve um fim tragico como o personagem que interpretou. Dirigido por Rob Reiner que tem nele sua obra mais bem realizada, não conseguindo alcançar tal importancia em seus outros filmes posteriores.Nessa longa jornada de auto-conhecimento forçado, Conta Comigo conquista por ser um filme simples e bem realizado, e 20 anos depois ainda conter uma mensagem clara e saudosa, de que a amizade é algo insubistituivel, e que é preciso perdê-la para que sintamos a sua falta.
Classico absoluto, que prima pela imensa qualidade e por ser atemporal.
Esse filme merece lugar cativo na coleção de qualquer cinefilo que se preze, e no coração de todos que apreciam um filme sincero e genial.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Pérola do Otimismo


Raindrops keep falling on my head é unanimidade da cultura pop.

Unanimidade em se tratando de musica pop mundial é uma palavra maldita. Poucas coisas tem essa natureza. Muitas canções podem ser coroadas como representação de uma época, como por exemplo Yesterday dos Beatles nos anos 60, Starway to Heaven nos 70, Every breath you take nos 80 & Smells like teen spirit nos 90, mas as musicas atemporais, essas sim podem ser alçadas ao posto de icone. Talvez o mais perto de Raindrops, seja mesmo Dont Worry be Happy de Bobby McFerrin, mesmo assim sem o sentimento que ela provoca. Composta por Burt Bacharach para o filme Butch Cassidy & Sundance Kid de 1969, teve sua interpretação imortalizada por B.J. Thomas se tornando seu maior sucesso, alcançando o primeiro lugar na parada americana, alem de ser vencedor do Oscar em 70 como melhor canção;

A letra nos remete aquele prazer de termos enfim encontrado a paz e esquecer dos problemas, e é dificil não esboçar um sorriso ao ouvi-la. Depois de ser apresentada a nova geração em uma cena emblematica de Homem Aranha 2 onde Peter Parker(Tobey Maguire) se livra de seus problemas em uma ode ao hedonismo, ela voltou as paradas e figurou como trilha de comerciais da Pifzer e da Tramontina.

RAINDROPS KEEP FALLING ON MY HEAD
(Burt Bacharach / B.J. Thomas)

Raindrops are falling on my head
and just like the guy who's feet are too big for his bed
nothing seems to fit
those,
raindrops are falling on my head,they keep falling

so I just did me some talking to the sun,
and I said I didn't like the way he got things done,
sleeping on the job
those,
raindrops are falling on my head they keep falling

But there's one thing, I know
the blues they sent to meet me won't defeat me.
It won't be long 'till happiness steps up to greet me

Raindrops keep falling on my head
but that doesn't mean my eyes will soon be turning red.
Crying's not for me, cause
I'm never gonna stop the rain by complaining
because I'm free
nothing's worrying me

It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep falling on my head
but that doesn't mean my eyes will soon turning red
crying 's not for me
Cause I'm never gonna stop the rain by complaining
because I'm free

Nothing's worrying me

Impossivel não se render a essa pérola do otimismo, que desde 1969 vem arrancando sorrisos no imaginario da cultura pop mundial;



Escolhendo o Lado


Marvel provoca um embate de titãs em Guerra Civil;

Chega este mês as bancas o grande evento da Marvel do ano - Guerra Civil. Os Novos Guerreiros são estrelas de um reality show, para alavancar a audiencia tentam capturar 4 vilões em Stanford em Connecticut. Qdo confrontados o explosivo Nitro usa sua habilidade de auto explosão detonando os heróis e boa parte de Stanford. Todo o incidente é transmitido ao vivo. Centenas de inocentes morrem. Em resposta a tragedia o sentimento publico é de revolta contra os super herois. A advogada Miriam Sharpe que perdeu seu filho na tragedia pede uma intervenção nos modos dos super herois conduzirem suas tarefas.Em Capitol Hill, um ato de registro para super humanos é discutido para obrigar a todos que tem superpoderes a se registrarem, divulgando suas reais identidades e se submetendo a treinamento dirigido por agentes federais.Alguns herois como o Homem de Ferro vêem nessa atitude uma evolução natural no papel dos superhumanos na sociedade. Outros como o Capitão América desaprovam isso como quebra dos direitos civis. Quando o Capitão é convocado para repreender seus aliados que estão contra o ato de registro, ele escolhe se rebelar e se torna o inimigo publico #1. A Marvel esta primando pela parceria perfeita em roteiro e arte de uns tempos pra cá e isso é evidente em Guerra Civil. Resta esperar que todas as grandes mudanças e revelações sejam mantidas, não usando o velho golpe de universo alternativo para resolver bobagens e furos de roteiro. Leitura obrigatoria para quem tinha saudade dos bon tempos do Capitão America. Todos tem bons argumentos, resta a você escolher de que lado vai ficar.

Problema de familia


A sequência é melhor mais ainda não consegue empolgar.

Quarteto Fantastico e o Surfista Prateado é um bom filme pipoca e só. Com soluções fáceis e pouca intimidade com o roteiro, Tim Story demonstra que é um diretor frouxo, transformando um bom conceito em um imenso capitulo de novela das sete. Com a aproximação da devastação do mundo por Galactus sendo anunciada pelo Surfista Prateado, só resta o Quarteto Fantastico para tentar impedir tal intento. Com o providencial retorno do Dr Destino(Julian Mcmahon, alem de qualquer salvação) a trama se torna enfadonha. Os problemas de familia, como Reed Richards (Ioan Gruffudd) um workaholic sem tempo nem para casar com sua amada Sue Storm (Jessica Alba) e falta total de privacidade do grupo. Chris Evans, o Tocha Humana, continua no mesmo esterotipo de adolescente precisando provara todo momento que é macho e o melhor do filme mesmo continua sendo o Coisa (Micheal Chiklis) que rende bons momentos. Stan Lee faz sua habitual aparição, talvez a melhor de todas. Galactus não aparece na forma classica dos quadrinhos (apenas sua sombra é vista em um planeta em determinada cena). Ruim não é, mas fica a snsação que poderia ser muito melhor. Talvez no próximo sejamos brindados com um espetaculo digno de ser chamado de fantastico.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Cartas Marcadas


Clooney, Pitt & Pacino dão as cartas no melhor da trilogia.


Treze Homens e outros Segredo esbanja carisma e sofisticação, alternando momentos de comédia refinada e de ironia em grande escala. Quando Reuben (Elliott Gould), o financiador dos grandes golpes da trupe liderada por Daniel Ocean (George Clooney), é enganado pelo mega-investidor Willy Bank(Al Pacino) e o deixa sem o cassino que ajudou a construir e sofre um ataque do coração que o deixa a beira da morte, só resta a vingança. O plano mirabolante é posto em prática com o grupo de volta a ativa, encabeçado por Rusty (Brad Pitt) e Linus (Matt Damon) que pode soar um pouco confuso no começo, mas é infinitamente melhor e mais inteligente que o usado no filme anterior. Sequencias bem realizadas e engraçadissimas (como a da fabrica no México, e as desventuras do critico de hotel) ja nos mostram o porque de tanto sucesso da cinessérie. Andy Garcia, Don Cheadle, Bernie Mac e o surpreendente Casey Affleck completam o time que abusa de soluções muito bem pensadas, nos fazendo torcer pelos adoraveis cafajestes de Ocean. Vincent Cassel tambem esta de volta em participação minima. Al Pacino engrandece ainda mais o elenco estelar que dessa vez não conta com a participação da péssima Julia Roberts. Em um jogo de cartas marcadas, saimos vencedores.